No espaço contemporâneo, no qual o homem tem grande preocupação em “ter”, e muitas vezes não se impõe limites para isso, propõe-se, a partir de "As aventuras de Pinóquio", que se faça uma viagem psicanalítica, buscando uma verdadeira significação de vida. Trata-se de uma análise que focaliza a necessidade de o homem se libertar do estigma de “marioneta”, saindo do seu egocentrismo e olhando àquilo que está ao seu redor, tornando-se pessoa. A história de Pinóquio teve início em 1881, quando Carlo Lorenzini, conhecido pelo pseudónimo Carlo Collodi, publica Storia di un burattino num jornal dirigido às crianças, no estilo folhetim. Devido a um grande sucesso obtido, das histórias foi feito um livro, Le avventure di Pinocchio, cuja primeira edição foi lançada em 1883. Foi traduzido em todas as línguas, encantando crianças e adultos de todo o mundo.
A história de Pinóquio começa com a surpresa de um velho marceneiro, chamado Mestre Cereja, ao perceber as características humanas num pedaço de lenha. Assim, ele dá o estranho pedaço de madeira ao seu amigo Gepeto, que o transforma numa marioneta. É um facto interessante: um pedaço de madeira com características humanas. Logo, nos remete a ideia do homem como coisa, que precisa ser esculpido, o homem aproximado ao animal não se educa; chamando a atenção para a necessidade de culturalização.
Alessandra Garrido Sotero
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